Coluna Livre com Hermano Henning

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Foi de assustar o conteúdo de uma entrevista transmitida ontem pelo programa “Espalha Fatos”, da TV Guarulhos, abordando o roubo de mensagens nos celulares.

Não tinha, até hoje, ideia de como esses aplicativos de mensagens, tipo WhatsApp ou Telegram (teoricamente tido como mais seguro), podem ser facilmente invadidos por indivíduos interessados em criar problemas simplesmente, ou ganhar dinheiro fácil.

Ou, quem sabe ainda, ter seus minutos de fama transformando-se em fontes importantes para jornalistas, sempre protegidos pela instituição chamada “sigilo da fonte”. No fundo, no fundo, nós nos damos bem com eles.

Mas, tem o outro lado.

O professor Domingo Montanaro, perito em Tecnologia de Informação, usando o caso dos invasores nos celulares dos procuradores da Lava Jato, deu detalhes de como somos vítimas potenciais desses criminosos. Todos nós.

A entrevista será reprisada hoje, sexta-feira, no canal 3 da Net e canal 508 da Vivo Fibra HD, e pode ser acompanhada a qualquer momento acionando-se o site “www.espalhafatos.com.br”, que tem nosso colega e amigo Sergio Lessa como um dos entrevistadores. Pode ser acionada também pelo YouTube/espalhafatos.

Focando o caso do portal de notícias Intercept que veiculou o conteúdo da conversa dos procuradores de Curitiba, roubados do aplicativo Telegram, uma informação, dada pelo professor Montanaro, me chamou atenção.

É a de que, nada garante que o teor das mensagens não tenha sido editado. E nada poderá provar a veracidade daqueles diálogos.

Ou seja, se não se pode provar que os diálogos não aconteceram, não se pode provar também que eles aconteceram. Dá pra entender?

Verdadeiro ou não, o conteúdo do roubo tem servido para sustentar eficientes argumentos para os inimigos da operação Lava Jato na atuação orquestrada contra Sergio Moro. E a favor dos políticos e empreiteiros condenados por corrupção, lavagem de dinheiro e até por formação de quadrilha.

Até agora, o americano Gleen Greenwald com seu portal de notícias tem mostrado serviço com colaboração efetiva da chamada grande imprensa, caso do jornal Folha de S. Paulo. E do grosso de seus repórteres e comentaristas.

Acho incrível imaginar que toda essa campanha pode, algum dia, ser considerada um serviço de extrema grandeza a favor da democracia e da liberdade de imprensa. Ou, simplesmente, ser encarada como uma vergonhosa defesa de políticos corruptos e ladrões da República.

Voltando à nossa entrevista com o professor Montanaro: cuidado com o WhatZapp.

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