Coluna Livre com Hermano Henning

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Gravei uma entrevista de quarenta minutos com o governador João Doria no começo da semana pra ser transmitida na sexta-feira, 11, pela Rede TV, canal 10 da TV aberta, num programa chamado RB Especial. Vai ao ar às 19h30m.

Falou-se muito sobre política e também sobre gestão.

Sobre política, ele esclareceu o relacionamento com Jair Bolsonaro, o presidente. Confirmou aquilo que o jornal O Estado de S. Paulo já havia publicado: nunca foi bolsonarista. Juntou-se à campanha vitoriosa do PSL porque não havia outro caminho. “Foi a única forma de derrotar o PT”, esclareceu o governador.

Foi oportunismo? É claro que não, respondeu Doria, sem, no entanto, desmentir que o “bolsodoria” foi uma estratégia mais que eficiente pra alavancar seu nome no segundo turno.

— O “bolsodoria” nasceu no interior do Estado, diz. Não foi coisa minha. Quando vi, a expressão já estava na rua.

O governador sente que é tempo de se deslocar da direita onde viceja o bolsonarismo, escolhendo uma posição mais ao centro para ter chance daqui a três anos na eleição de presidente. Ele parece achar, com razão, que os extremos já estão ocupados. A grande chance, realmente, é caminhar pelo centro.

Doria elogia a Lava jato, Sergio Moro, e continua chamando Lula de “criminoso corrupto”, sem o menor constrangimento.

E Guarulhos?

A conversa sobre Guarulhos, toda ela, versou sobre a dificuldade de seu plano de privatizações sair do papel. Usei o caso da Furp – Fundação do Remédio Popular com a unidade da rua Endres, em Itapegica, como exemplo dos desafios. O que fazer com os funcionários?

Doria, primeiro, diz que o Estado não tem vocação para produzir remédios. Os laboratórios daqui e de Américo Brasiliense, no interior do estado, dão prejuízo. E quem paga é o povo.

João Doria garantiu que nenhum funcionário será dispensado. É compromisso. Vamos conferir.

Sobre as promessas de campanha, acha que elas estão sendo cumpridas. Citou o prefeito Guti como aliado, afirmando que a iniciativa de substituir o serviço de água e esgoto local – o SAAE – pela Sabesp, está sendo adotada também em outros municípios da região metropolitana. A partir do exemplo daqui.

Terminada a entrevista, a conversa se encaminhou para a política no estado com as eleições municipais no ano que vem. Em muitas cidades, a sucessão nas prefeituras e câmaras já está em campo.

E Guarulhos? Apoia alguém? Seu partido já tem candidato?

“Nenhum esquema. É muito cedo pra pensar nisso”, garantiu João Doria, o governador.

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