Coleira antiparasitária é o principal método para a prevenção da leishmaniose

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Veterinária explica que a recente suspensão da única vacina contra a doença no mercado pode ocasionar dúvidas entre os profissionais e tutores sobre o controle e prevenção da enfermidade

A leishmaniose visceral possui ampla distribuição mundial, sendo o Brasil um dos cinco países que concentram 90% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A enfermidade é considerada a segunda doença parasitária que mais mata no mundo, por isso é extremamente importante focarmos em controle e prevenção. Recentemente, a fabricação e venda da única vacina para a proteção dos cães foram suspensas, o que causou muitas dúvidas nos tutores e profissionais do setor. Segundo Kathia Almeida Soares, médica-veterinária e coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal, o medo mais comum é de que os pets fiquem desprotegidos sem a vacinação, mas ela ainda reforça que, segundo o Brasileish e o Leishvet, a principal forma de prevenção é a utilização de inseticida tópico com propriedade repelente, como o uso de coleira antiparasitária.

“O método primário de prevenção da infecção por Leishmania infantum em cães é por meio do uso de inseticidas tópicos com propriedade repelente, como os produtos à base de piretróides sintéticos. A vacina é uma medida adicional indicada como forma de proteger os animais soronegativos. Contudo, é importante enfatizar que ela não substitui o uso dos inseticidas tópicos”, explica Kathia.

A veterinária ainda acrescenta que estudos de larga escala têm demonstrado a efetividade do uso de colares impregnados com inseticidas na prevenção e controle da leishmaniose visceral canina como medida de saúde pública no Brasil. No entanto, é importante estar atento na hora de escolher a coleira antiparasitária. Isso porque o tutor precisa entender se o produto que está utilizando tem, em sua formulação, componentes citados pelos especialistas no assunto e se a sua eficácia é comprovada.

Kathia deixa uma dica sobre um produto do mercado, a Scalibor. “A coleira antiparasitária, que é produzida pela MSD Saúde Animal, possui em sua composição a Deltametrina 4% e é indicada para proteger os cães contra os vetores da leishmaniose. Os cães a partir de 3 meses de idade já podem utilizar a Scalibor e a recomendação é que sua troca seja feita a cada 4 meses. Além de tudo isso, o bacana é que ela não tem cheiro e não é necessário retirá-la para dar banho no pet”, explica a profissional.

A coleira antiparasitária Scalibor foi incorporada em 2021 pelo Ministério da Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) como parte do processo nacional de controle da leishmaniose visceral. Cerca de 133 municípios prioritários, de 16 estados, classificados com transmissão alta, intensa e muito intensa, disponibilizam o produto.

Outros cuidados

Existem outros cuidados importantes não só para proteger os cães, como também os seres humanos, como: evitar passeios no período de maior atividade do mosquito, sendo ao entardecer e anoitecer, dar um destino adequado aos resíduos sólidos que podem servir de criadouro para o mosquito, uso de inseticidas no ambiente e colocação de telas em portas e janelas.

Siga sempre as orientações do médico-veterinário, que é o profissional que poderá fornecer todas as informações e cuidados necessários garantindo assim a saúde do seu cãozinho e de toda a sua família.

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