CEI do Saae recebe documentos e deve convocar superintendente da autarquia

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Lucy Tamborino

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga o suposto desvio de R$ 5 bilhões das contas do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos deve convocar o superintendente da autarquia, Ibrahim Faouzi El Kadi, para prestar esclarecimentos.

Segundo o presidente da comissão, vereador Professor Jesus (DEM), na semana passada a comissão recebeu os documentos solicitados no primeiro encontro da CEI e agora deve agendar nova reunião. A data do encontro deve ser definida durante a sessão do Legislativo de hoje.

Dentre os documentos solicitados estão o relatório dos valores repassados entre Saae e Sabesp referente ao fornecimento de água e valores cobrados; relatórios financeiros da autarquia; valores de precatórios com a Sabesp; cópia dos acordos entre as partes, caso existam; cópia das auditorias realizadas; pedidos a companhia estadual de relatórios da composição da dívida; valores que deveriam ser pagos e o que de fato foi repassado; lista dos maiores devedores entre pessoas jurídicas e físicas; levantamento da quantidade de funcionários comissionados, na ativa e aposentados; entre outros.

 

O caso

A CEI foi instaurada no final do mês passado com o objetivo de apurar se de fato o montante de R$ 5 bilhões sumiu dos cofres da autarquia durante os 16 anos em que os ex-prefeitos petistas Elói Pietá e Sebastião Almeida (agora no PDT) administraram a cidade. O caso foi denunciado pela Folha Metropolitana.

A informação veio à tona após um funcionário gravar uma reunião do superintendente da autarquia, Ibrahim Faouzi El Kadi. Apenas parte do áudio foi vazada à imprensa, onde uma projeção foi apresentada por ele gerando esse valor exorbitante.

Kadi explica que mensalmente o Saae paga R$ 18 milhões à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), outros R$ 16 milhões são gastos com a operação do Saae e sobram R$ 7 milhões para investimentos. Segundo ele, as antigas gestões não pagaram nada a Sabesp e ainda assim não sobrou dinheiro.

Imagem: Karina Yamada

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