Câmara deve cobrar do Governo de Estado ações para saúde

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Lucy Tamborino

Num debate acalorado, que se estendeu praticamente em toda sessão de ontem, os vereadores discutiram sobre diversas falhas do Governo do Estado de São Paulo em relação à saúde da cidade. Entre os itens a maioria se mostrou contrária ao fechamento da Fundação para o Remédio Popular (Furp) em Guarulhos, para isso uma monção de apoio de continuidade ao funcionamento foi assinada. Os parlamentares ainda mencionaram a suspensão da criação do Ambulatório Médico de Especialidades, o AME Mais Guarulhos, e a paralisação das obras do Instituto da Mulher. Este primeiro foi cancelado em junho pelo estado alegando problemas financeiros, já o segundo está há mais de quatro anos com obras paralisadas.

No texto da monção, os parlamentares defendem que a Furp, maior fabricante de remédios do Brasil, é indispensável para o SUS. Para eles, ela impede que as empresas farmacêuticas subam os preços de forma descabida e ainda consegue atender demandas urgentes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde, como aconteceu nos surtos de meningite ou no controle da tuberculose.

O auxiliar de expedição da fundação, Alexsander Caetano, endossou a opinião dos parlamentares. “Há três mandatos que estamos sofrendo retaliações por parte no governo do estado, mas nada tão agressivo como nesse mandato”, disse.

As críticas foram rebatidas pelo vereador Lauri Rocha (PSDB), que convidou os parlamentares para irem até o diretório do partido para compreender todo o cenário. “Eu me solidarizo com os profissionais, mas não concordo com o posicionamento que empresa pública serve para regulamentar preço de mercado”, afirmou.

O vereador líder do governo e também presidente da Comissão Permanente de Higiene e Saúde Pública, Eduardo Carneiro, acredita que este seja o momento de Guarulhos demonstrar sua força política. A comissão ainda deve elaborar, até a próxima semana, um manifesto apartidário. “Nós queremos fazer um documento de força política e levar para o governador para que ele possa rever os seus posicionamentos. A gente entende a crise financeira, mas tudo na vida tem que ter prioridade e não tem como dizer que o AME Mais, o Instituto da Mulher e a Furp não são prioridades para saúde pública da nossa cidade”, defendeu.

Imagem: Lucy Tamborino

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