Após 24 dias, os trabalhadores da Progresso e Desenvolvimento Guarulhos S/A (Proguaru) decidiram suspender a greve. Eles estavam de braços cruzados desde o dia 20 de setembro, contra o fim da empresa. A suspensão da paralisação se dá após o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) julgar o movimento grevista como legal.
Agora, será dado início a um amplo processo de negociações, conduzido pelo Sindicato dos Servidores de Guarulhos (Stap). As reivindicações dos funcionários começarão a ser negociadas com a Prefeitura. Participam das tratativas também a Comissão de Trabalhadores. As reuniões começam nesta sexta (15). Entre as situações que serão analisadas estão aposentados, gestantes, deficientes e outros.
“Vão participar das reuniões com o governo o sindicato e trabalhadores escolhidos pelos colegas”, disse o presidente do Stap, Pedro Zanotti Filho. Em sua avaliação, o movimento grevista, considerado legal pela Justiça do Trabalho, reforça o poder de negociação.
Com a suspensão da greve, os trabalhadores não terão descontados os dias parados. “Até o dia 6 de outubro estão abonadas as faltas. Do dia 6 a 14, fica pra negociação. O governo aceitou abonar esses dias, se houvesse suspensão da greve”, explicou a diretora do Stap, Renata Grota. Haverá estabilidade no emprego até 6 de novembro.
O advogado Marcelo de Campos Mendes Pereira atuou desde os preparativos da paralisação. Na quarta-feira, ele participou da audiência no tribunal. “Fico honrado quando posso exercer meu conhecimento em prol dos trabalhadores. Agradeço a cada companheiro e companheira da Proguaru que foram à luta e confiaram no sindicato”, disse.
Em breve, será marcada a data de uma nova assembleia, a fim de atualizar os trabalhadores sobre as negociações.