A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou as novas tarifas de energia elétrica a serem aplicadas na área de concessão da EDP em São Paulo. O efeito médio, considerando os pequenos e grandes consumidores, será de 12,39%, para a energia elétrica consumida a partir do dia 23 de outubro.
O aumento ficou abaixo da inflação medida pelo IGP-M que, nos últimos 12 meses, variou 24,86%. Os itens que mais impactaram as novas tarifas foram a elevação no custo de compra de energia, devido principalmente a crise hídrica enfrentada pelo País – a pior dos últimos 91 anos.
No caso das indústrias e clientes atendidos na alta tensão que realizam compra de energia diretamente no mercado livre, o percentual de reajuste ficará em 4,41%. Para os consumidores residenciais atendidos em baixa tensão, o reajuste será de 16,73%, uma vez que a tarifa desta classe inclui o custo da compra de energia (geração), impactado pela crise hídrica enfrentada pelo País.
Composição da tarifa de energia elétrica
A tarifa de energia é composta pelos custos da geração, transmissão e distribuição de energia, além de encargos e tributos conforme regem as normas do setor elétrico, de maneira que o reajuste anual para as concessionárias de distribuição resulta da atualização do custo de toda essa cadeia. Quando a conta chega ao consumidor, ele paga pela compra da energia (custos das empresas geradoras), pela transmissão (custos das empresas transmissoras de energia), distribuição (parte que cabe à EDP) e os encargos setoriais (PIS/COFINS/ICMS) e tributos setoriais.
Portanto, do valor da conta de energia paga pelo consumidor:
• 78,3% se referem a custos com a compra de energia (geração), transmissão de energia e tributos e encargos setoriais;
• 21,7% correspondem a custos com distribuição de energia até a unidade consumidora (parte destinada à EDP);
Na fatura de energia
Com o reajuste, um consumidor residencial que pagava uma conta de R$ 100,00/mês, passará a pagar cerca de R$ 116,73. Assim, de cada R$ 100,00 de uma fatura mensal, R$ 21,70 serão destinados à EDP São Paulo, para a cobertura dos custos com operação, manutenção e investimentos na rede de distribuição de energia elétrica. Outros R$ 36,90 serão destinados ao pagamento das despesas com geração e transmissão de energia, enquanto os restantes R$ 41,40 serão destinados aos encargos setoriais, impostos e tributos.