América Latina tem menos de 25% dos lares com acesso a serviços sociais e inclusão no mercado de trabalho

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Da Redação

Menos de 1/4 dos lares na América Latina têm condições básicas de acesso a serviços sociais e de inclusão no mercado de trabalho. Esta é uma das conclusões do relatório Panorama Social de América Latina 2018, elaborado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). Divulgado hoje, o levantamento analisou dados de políticas sociais e mercado de trabalho de 16 países da região.

As condições básicas de serviços sociais e inclusão laboral configuram o que os autores do documento chamaram de “dupla inclusão”. Esta abrange o acesso a infraestruturas como água, saneamento e energia, direitos como saúde, educação e assistência social e uma inserção no mercado de trabalho com renda que permita ficar acima da linha da pobreza.

Na América Latina, somente 23,5% dos lares estavam nessa condição e cumpriam esses requisitos, em dados relativos a 2016. Já quase metade das casas (44,5%) podia ser classificada como “duplamente excluída”, uma vez que não dispunha dessas condições. Na zona rural, o índice sobe significativamente, atingindo 69,8%.

O relatório destaca, porém, que a relação entre esse tipo de inclusão e exclusão vem melhorando nos últimos 15 anos. Os lares com dupla inclusão saíram de 14,7% em 2002 para 23,5%, em 2016. Já as residêcias marcadas por dupla exclusão caíram de 57,8% para 44,5%, no mesmo período.

Pobreza e desigualdade

Um dos aspectos centrais do modelo de dupla inclusão apresentado no relatório da Cepal é o da pobreza. A taxa caiu de 44,5% em 2002 para 30,2% em 2017. Já a da extrema pobreza caiu de 11,2 em 2002 para 10,2, em 2017. A população em situação de pobreza saiu de 226 milhões de pessoas em 2002 para 184 milhões em 2017.

Imagem: Arquivo/Agência Brasil

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