O Ministério da Saúde mantém negociações com a
farmacêutica Pfizer, além de outras produtoras de vacina contra a covid-19. O
imunizante da Pfizer apresentou eficácia de mais de 90%, conforme uma análise
preliminar divulgada nesta segunda-feira, 9
A droga está em fase final de testes e precisa
de aval de agências sanitárias, como a brasileira Anvisa, para chegar à
população. Em nota, o ministério disse que “todas as vacinas com estudos
avançados no mundo estão sendo analisadas, inclusive a do laboratório Pfizer”.
“Atualmente, o Ministério acompanha cerca
de 254 pesquisas, algumas com testes já bem avançados. Todas as apostas
necessárias serão feitas para achar uma solução efetiva, em qualidade e
quantidade necessárias para imunizar a população brasileira”, disse o
ministério.
O discurso no ministério é de que o governo
comprará a primeira vacina segura que chegar ao mercado. O presidente Jair
Bolsonaro, no entanto, já determinou o Ministério da Saúde a manifestar que
estava vetada a compra da Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa
Sinovac, pois quem lidera as tratativas para o acesso da droga no Brasil é o
governador paulista João Doria (PSDB).
O governo brasileiro fechou contrato para compra
de 100 milhões de doses do imunizante feito pela AstraZeneca/Oxford. Em outra
frente de atuação para encontrar uma vacina, o Brasil espera receber doses para
10% da população por meio do consórcio Covax Facility, liderado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo fontes da Saúde, além das doses já
encomendadas da AstraZeneca/Oxford, caso outra vacina também seja considerada
confiável, a ideia é comprá-la por meio de um contrato direto com a
desenvolvedora ou por meio do consórcio internacional.
Nos últimos meses, o ministério recebeu diversas
produtoras de vacina, como os desenvolvedores russos da Sputnik V, a Pfizer e
representantes da Sinovac.
O governo federal investiu cerca de R$ 2 bilhões
para viabilizar a compra do produto da AstraZeneca/Oxford, além da produção da
droga no Brasil, que exigiu adequações em laboratórios da Fiocruz. Já o custo
para entrar no Covax Facility foi de R$ 2,5 bilhões.
Segundo uma autoridade de saúde que acompanha
discussões do consórcio afirmou em caráter reservado, um edital deve ser
lançado em breve para que empresas informem quantas doses conseguem produzir e
em qual período. A ideia é que o portfólio fique à disposição dos países que
integram o grupo e permita o acesso às vacinas mesmo a países mais pobres.
Ministério da Saúde diz que analisa todas as vacinas em estudos avançados
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