Senadores propõem acordo de imigração, e Trump se opõe

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Na tentativa de romper o impasse sobre imigração nos EUA, senadores apresentaram uma proposta bipartidária ao Congresso nesta segunda-feira (05) – desta vez, porém, sob oposição da Casa Branca.

O plano, que ainda precisa arregimentar apoios, foi apresentado pelos senadores John McCain, um decano do partido republicano, e Chris Coons, democrata em seu segundo mandato.

A ideia é conferir cidadania aos chamados “dreamers”, jovens imigrantes que chegaram aos EUA ainda crianças e estão sob ameaça de deportação, e prevê reforços na segurança da fronteira. Mas o texto não cita o muro que o presidente Donald Trump prometeu ampliar na divisa com o México –primeiro com fundos que cobraria do vizinho e depois com verba solicitada ao Congresso dos EUA– e que diz ser “desesperadamente necessário”.

“Qualquer acordo que não inclua o muro é perda de tempo”, reagiu Trump em um de seus canais oficiais.

Os congressistas afirmam que a proposta é “um caminho viável” e “um ponto de partida”, segundo Coons.

“É hora de acabar com esse impasse”, defendeu McCain. “Nossa atual realidade política exige cooperação entre os partidos.”

O Congresso está dividido a respeito das leis de imigração. A administração federal chegou a ficar três dias paralisada porque a aprovação do Orçamento travou diante da falta de consenso, e só voltou a operar porque foi fechado um acordo temporário.

Trump insiste em destinar US$ 25 bilhões em recursos para ampliar o muro na fronteira. Ele também quer restringir a permanência de familiares de imigrantes no que chama de “cadeia imigratória” e acabar com o sorteio de “green cards” (autorização de residência permanente) entre imigrantes de nacionalidades com baixa representatividade nos EUA.

Foto: Boris Baldinger

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