‘Filho do coração’ uma história por trás da adoção

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Lucy Tamborino

“A primeira vez que a gente houve pai não se esquece. Ele estava sentado na sala, tinha um ano e meio mais ou menos. Eu entrei e ele falou ‘pai’. Foi uma emoção muito grande”, conta Kleber Gil Machado Pereira, de 38 anos, pai de Lucas Gil Santos Pereira, de cinco anos. O pequeno foi adotado com apenas um mês e a iniciativa veio de uma ideia do avô.

“Na verdade, quem era doido para adotar era o meu pai, ele que tinha vontade e eu quis realizar o sonho dele. Eu conversei com minha esposa e ela aceitou, mas infelizmente ele faleceu antes”, conta Pereira dizendo que há 13 anos, quando casaram, sempre tentaram ter filhos, chegando a fazer vários exames, que nunca apontaram qualquer problema em nenhum dos dois. “Casa sem criança não dá certo, fica muito chata”, emenda. A adoção trouxe um filho do coração para casa e desafios.

Desde quando decidiram adotar, e realizaram o cadastro, até o dia de segurar a criança nos braços foram cinco anos de espera. Em menos de quinze dias também montaram toda a estrutura para receber o bebê, já que o aviso e o momento de buscar a criança é curto.

Nessas cinco primaveras além de ter transformado a rotina da família, o pequeno também mudou a decoração da casa. Na sala duas paredes tem a marca registrada do menino, já que os pais deixaram na parede o enfeite do último aniversário e do primeiro. No corredor da sala ainda há um quadro de dia dos pais, que Pereira faz questão de mostrar, além de dois álbuns de fotografia com fotos do menino pequeno e um mais recente.

A maneira de ser pai de Pereira é influência do avô da criança. “Ele sempre foi um paizão. Nós fazíamos tudo juntos, com certeza serei como ele para o Lucas. Meu filho é grudado em mim, tem dias que prefere até dormir comigo do que com a mãe”, conta.

Imagem: Lucy Tamborino

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