Deputados federais de Guarulhos divergem sobre a reforma da Previdência

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Lucy Tamborino

Os dois deputados federais que representam Guarulhos na Câmara manifestaram opiniões diferentes quanto ao texto-base da reforma da Previdência aprovado na quarta-feira (10). O deputado Eli Corrêa Filho (DEM) votou favoravelmente ao texto, enquanto Alencar Santana (PT) foi contra. O texto foi aprovado, em primeiro turno, depois de oito horas de debates. A proposta teve 379 votos a favor e 131 votos contra.

O deputado do DEM declarou que seguiu a deliberação da bancada do partido. “Sem a reforma da Previdência, o Brasil iria para o caos financeiro. Com a aprovação o país demonstra que irá sanear as contas e atrai investimentos que serão revertidos em benefício para a população”, defendeu. Ele ainda comentou a votação favorável expressiva. “Reforça o comprometimento dos deputados em busca de um país mais equilibrado financeiramente”, completou.

Côrrea ainda afirma que é esperado o fim dos regimes próprios e a igualdade entre todos – uma unificação total dos sistemas previdenciários brasileiros.

Já o petista afirmou que o governo quer economizar dinheiro à custa de uma população mais humilde. “Uma pessoa que, por exemplo, receberia R$ 1,8 mil vai receber em torno de R$ 1,2 mil. Vai trabalhar mais e receber menos. Em caso de pensão a viúva também receberá só 60% e poderá receber menos de um salário mínimo”, afirmou.

Ele também acredita que os privilégios serão mantidos, que o governo tira o dinheiro da população com argumento que irá melhorar a economia, o que, de acordo com ele será totalmente o contrário. “O governo disse que ia acabar com a aposentadoria integral dos militares, mas isso não aconteceu. Está sendo usado argumento do caos, que a reforma vai gerar emprego e melhorar a economia, mas são argumentos falsos e quem vai pagar o preço é a população”, criticou.

Entre os destaques, o petista citou ser a favor da não alteração das regras de aposentadoria para os professores, do abono para pessoas que recebam até dois salários mínimos e o estabelecimento de um piso de pelo menos um salário mínimo para as pensões. “É necessária uma reforma tributária que mexa pra valer no sistema e uma política fiscal de incentivo a geração de emprego, mas o governo não está fazendo isso. Ele está fazendo um corte financeiro nas pessoas que consomem e gastam mais. O Brasil precisa gerar emprego. Essa reforma vai intensificar ainda mais as desigualdades de maneira brutal”, finalizou.

Imagem: Divulgação

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