Coluna Livre com Hermano Henning

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Ouvi do apresentador de TV Otávio Mesquita a notícia do convite para ser candidato a prefeito de Guarulhos formulado por políticos locais. Ele disse ser filiado ao DEM e ter raízes familiares na cidade, não só por ter nascido aqui, mas – e isso é realmente interessante – ser neto de Otávio Braga de Mesquita, que dá nome a uma das mais importantes avenidas do município. Otavinho, como os velhos amigos do Ponto Chic o chamavam nos idos dos anos setenta, está estreando um novo programa de entrevistas na madrugada do SBT.

A ideia de colocá-lo como candidato a prefeito pode agitar o ambiente político da cidade que já tem quase uma dezena de postulantes, embora a eleição só aconteça daqui a dois anos. Otávio Mesquita deu a entender que tem resistido à ideia e que prefere continuar investindo na sua já vitoriosa carreira na televisão. Além disso há a questão financeira. O salário de prefeito não chega nem perto daquilo que estabelece seu contrato com a segunda rede de TV mais vista no país. Mas nunca se sabe…

Nêumanne

Já que o assunto é televisão, aqui vai mais uma. José Nêumanne Pinto, comentarista político e meu ex companheiro de bancada no Jornal do SBT, contou detalhes sobre a ruptura de seu contrato com a rede de Silvio Santos ocorrida durante a campanha que culminou com a recondução de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto. Nêumanne conta que foi dispensado na época por imposição da então presidente e candidata à reeleição em razão de seus comentários, não só em meu jornal, como no que era apresentado por Carlos Nascimento, o SBT Brasil. Não foi preciso dizer que a imposição de Dilma Rousseff recebeu na época guarida total da cúpula de dirigentes do SBT. Naturalmente com a pronta concordância de Silvio Santos. Essa história eu conheço.

O que Nêumanne não contou é que não foi apenas ele. Entrou no pacote também a comentarista de economia Denise Campos de Toledo, na época presença diária nos jornais do SBT.

No lugar de Nêumanne foi contratado outro jornalista baseado em Brasília e bastante identificado com o Planalto. Dizia-se pelos corredores que era indicação direta de Dilma.

A história que se seguiu é bastante conhecida. Houve o impeachment, vieram as eleições e os ventos vindos da capital do país mudaram. O PT caiu, o diretor de jornalismo já não é o mesmo. Hoje, Silvio fecha com Bolsonaro. E não abre…

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